Veja o vídeo, talvez a maldição saia de mim! HAHAHAHA
♪ Pôneis Malditos, Pôneis Malditos venha com a gente atolaaaar. Odeio barro, odeio lama. QUE NOJINHO! Não vou sair do lugaaaaar ♪
“Evite tocar no assunto comigo, chega de lágrimas.”
O sol raiou fraco, quase que cansado de tanto irradiar sua luz sobre as frias manhãs de um inverno que teimava em não se dobrar ao seu calor, e que por mais claro que estivesse o dia fazia congelar até os ossos do louco que ousasse colocar os pés para fora de casa. Apenas um homem, o simpático senhor Jaiminho (isso mesmo, aquele da cidade mexicana Santiago Tangamandápio), tinha a valentia de se cobrir de dezenas de suéteres, luvas e cachecóis para levar as correspondências aos cidadãos. Ele vinha de bicicleta - para evitar a fadiga de caminhar - e parava com um ruidoso estrépito frente à casa dos agraciados com alguma correspondência. Cantarolando e tremendo, ele passava por debaixo das portas ou colocava dentro de simpáticas caixinhas de metal os envelopes da Cemig, da Copasa, do Bradesco, da Telemar e por algumas raras vezes algum envelope pardo endereçado à mão, ou até mesmo um cartão postal. Mas hoje ele vinha trazer uma mensagem um tanto quanto mais especial.
Jaiminho trabalhava no correio há muitos anos, muitos mesmo, 214 para ser mais exato. Grande amigo que fora de Flamel mantinha consigo estoque de poção filosofal para viver mais uns 1.000 anos com folga... Começou a trabalhar no correio trouxa já idoso quando fora demitido da Dedos de Mel pelo senhor Ambrosios Flume por comer mais que vender. Pobre Jaiminho, ele realmente gostara daquele lugar, ele adorava ver o sorriso e a cara de satisfação no rostinho das crianças bruxas ao provar das varinhas de alcaçuz ou experimentar uma delícia gasosa. Claro que ele também se divertia comendo essas iguarias, mas isso não vem ao caso.
Ao contrário do que ocorria em seu emprego na Dedos de Mel, no correio trouxa o pobre Jaiminho não se divertia nem um pouco, selando e entregando cartas, de um modo um tanto quanto rudimentar... Mas um dia, Jaiminho recebeu uma carta especial, uma carta que o deixara curioso e que fora fonte de inspiração para sua futura empreitada paralela ao seu serviço. Fora com essa carta especial que ele descobrira outra forma de trazer o sorriso ao rostinho das crianças, não bruxas, mas trouxas. Era julho de 1971, quando uma carta endereçada com letrinhas visivelmente infantis foi parar em sua mão, a carta tinha como destinatário Alvo Percival Wulfrico Brian Dumbledore no Castelo de Hogwarts. Mas veja só! Uma trouxa se dirigindo ao professor Dumbledore! (diga-se de passagem, outro amigo de Nicolau Flamel) O remetente, o senhor Jaiminho percebeu, era uma menina: Petúnia Evans. Jaiminho não se controlou e violou a correspondência, leu toda a carta e se compadeceu com o desesperado pedido da irmã de Lily, que aparentemente ao contrário desta não tinha uma gota de magia correndo em sua veia. Garantiu que a carta chegasse às mãos do professor e deixou que ele se encarregasse de explicar como era inviável educá-la naquele colégio.
Os anos se passaram, e Jaiminho se sentia tão importante ao trazer a magia para aquela garota (mal sabia ele que, na verdade, tinha construído péssimas férias de verão para o coitado Potter na casa dos Dursley) que decidiu se encarregar de responder todas as cartas enviadas ao Papai Noel, ao Coelhinho da Páscoa e demais entidades mágicas de todo o mundo. Imaginava ele, estar contribuindo assim para a alegria de centenas de milhares de crianças, e estava certo. Entretanto, a partir de 1997 (coincidentemente o mesmo ano em que certa JK Rowling lançou certo livrete) uma coisa estranha aconteceu. O feitiço de detecção de correspondências mágicas que Jaiminho lançou sobre todo o correio trouxa não parava de apitar, e a cada segundo uma nova correspondência dirigida à Dumbledore aparecia em seus arquivos. Ora! Aquilo não era como se passar por Papai Noel! Jaiminho Jamais se atreveria a escrever em nome de Dumbledore, tampouco o incomodaria com o desejo de criancinhas trouxas – por mais que o professor se afeiçoasse a elas – tendo em vista os terríveis acontecimentos recentes no mundo bruxo e a posição que Dumbledore ocupava impedindo o retorno daquele de quem não devemos dizer o nome. Só havia uma solução... Estocar as cartas e aguardar o momento adequado para respondê-las. E bem, era o que ele estava fazendo naquele momento. Na verdade o que um de seus diversos sósias (porque sim, Jaiminho conhecia magia que nem mesmo aquele que não deve ser nomeado jamais conheceu, e podia se dividir em milhares, e não só sete) estava fazendo no frio inverno de julho, mais especificamente no Brasil.
Durante os anos que se seguiram ao aparecimento das primeiras cartas endereçadas à Hogwarts as coisas só pioraram. Crianças de todo o mundo começaram a escrever, e era impressionante o conhecimento que tinham sobre o que estava acontecendo no mundo bruxo. Jaiminho desconfiava silenciosamente que de alguma forma os trouxas tinham um canal de informação e acesso direto ao mundo mágico. As cartas iam se acumulando, se acumulando e Jaiminho tinha a difícil tarefa de devolver a todos aqueles milhões de não só crianças, mas agora também jovens, adultos e até idosos uma resposta digna, já que o pobre Dumbledore tinha falecido.
Bem, ele escolheu uma data que significava muito para ele: dia 15 de julho, o seu aniversário (há, te peguei!) para enviar seus milhares de sósias pelo mundo trouxa entregando uma mesma mensagem, que apesar de ter sido redigida em poucas palavras e se dirigir a milhões de pessoas teria a capacidade de tocar bem fundo, no coração e na alma de cada um que algum dia sonhou em ter um chapéu seletor exclamando o nome de um dos fundadores de Hogwarts sobre sua cabeça:
“Infelizmente Hogwarts não poderá te admitir como aluno. Mas não fique amuado, caro coleguinha. O que pode parecer um fim definitivo nada mais é que o prolongar de uma certeza: A magia continua viva e acesa no coração daqueles que algum dia desejaram que fosse tudo verdade.”
A saga pode até acabar, mas a magia ainda vive em mim... E em vocês?
O azulimão está de volta! Talvez com algumas oscilações, mas nada que seja incontrolável. Estávamos com muitas saudades de escrever besteiras e trazer sorrisos aos nossos fiéis e companheiros seguidores e também os leitores de primeira viagem. Agora, que estamos saindo do abismo e do vale das sombras, estamos empolgados e animados e queremos de volta o apoio da galera pra sair das profundezas de vez! Nada melhor que a inspiração e a assiduidade de você, colega! Divulgue, compartilhe, critique, repasse, ameace, convide... Enfim, LEIA! E veja como nosso humilde acervo de páginas e assuntos evoluiu durante esses 2 anos! Ok, falando pakas. Chega. :)
voltesempre.
Grandes abraços verdes e azuis.
marcos&sílvia